27 fevereiro 2006

Like a rolling stone...

Muito tempo atrás, uma professora de inglês disse que eu era uma pedra rolando (rolling stone); e que pedra rolando não cria musgo, ou seja: não produz nada (isso era um ditado em inglês que não me lembro).
Até concordei com a idéia. Eu sou mesmo uma pedra rolando. Até porque uma pedra parada só é alguma coisa diante de um poeta como Drummond. Fora isso, uma pedra parada é só... uma pedra parada. Pode ter lá seus musgos, mas passa despercebida aos olhos da maioria.
Essa imagem da pedra rolando se traduz também na já clássica frase keep walking, que levo a sério. Eu não sei ficar parado, não sei esperar.
Às vezes ando pelo caminho errado só pra não ficar parado. Dirigindo em São Paulo muitas vezes me perco, mas não paro pra pedir informações, continuo dirigindo até achar algum lugar conhecido, alguma placa. Perco horas, mas conheço coisas novas (eis a vantagem).
Pedra rolando pode até não criar musgos. Mas seu formato muda com o rolar.

O amor é uma coisa difícil de esperar. Eis um problema. Na verdade, acho que o amor vai ser uma parede que vou dar de cara e me espatifar. Aí eu paro.

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