10 fevereiro 2006

Baladas de corações e fígados abaláveis

Luau na Bahia é o que há. Depois de dançar a noite inteira, ao final, já meio bêbado, ver aquele sol pintando o mar... uma delícia...
Meu comportamento em ambientes assim é estranho, confesso. Até que gosto de música eletrônica, que em outros tempos chamei de ‘música libérrima’. Danço até me sentir derretendo em suor, com uma latinha de cerveja na mão. Depois vou para um canto e fico sentado pensando... pensando... Mando mensagens para pessoas próximas, vou ao banheiro. Depois levanto e começo a dançar novamente.
O ato de sentar e ficar pensando é coisa bem minha. Não me perguntem o que penso porque estou sempre bêbado. Aliás, ontem tentei remediar um pouco essas minhas bebedeiras impondo a seguinte regra: 1 água para cada 4 cervejas. Teve uma hora que não conseguia mais contar... Então bebi só cerveja. Acho que fiquei bêbado, pois não lembro de como fui pra casa. Ou isso ou fui abduzido por alienígenas. Entrei na praia e lembro de ficar dando em cima de umas meninas que estavam na água também. Depois me lembro de quase nada... cheguei na pousada às 8 da manhã e tomei café, isso lembro. Pedi para que me acordassem ao meio dia e acordaram. Como sempre, mesmo quando não lembro de nada, acordei com um pouquinho de sono, mas sem ressaca alguma, exceto pela sede. Será isso um bom sinal?
Pensei em parar com essas coisas... sábado passado foi cruel... Mas foda-se. Embora não deva nada a ninguém, ficar bêbado vem me incomodando. As coisas se apagam totalmente da minha cabeça e geralmente nem lembro de como cheguei em casa. Meu piloto automático é ótimo... O problema todo é essa minha tendência maníaco-depressiva-suicida. Posso fazer alguma besteira...

É que eu amo cerveja, não tem jeito. E tudo tem que ser mais que o suficiente, ainda não aprendi...

Se todos os excessos da vida fossem embora quando vomitamos ou mijamos, seria mais fácil. Eu poderia mijar umas paixões aqui, vomitar uns amores ali. O problema todo é o coração, que vai se estragando tanto quanto o fígado. Bebendo estrago meu fígado, depois sento num canto, penso, mando mensagens, aí estrago mais meu coração. Qual durará mais?
Enquanto isso, keep walking!

Sem comentários: