12 janeiro 2006

perdido no mundo e dentro de si...

A depressão, ao contrário das bruxas, não existe. Mas quem tem acredita... ah, acredita!
Nunca fui de acreditar nessa baboseira. Aliás, a todas as pessoas que chegavam até mim com esse papinho, eu dizia que era fase... algo assim...
Só que a depressão é uma coisa que não tem como existir, mas é possível sentir. É um desânimo que ultrapassa tudo, uma ausência de vontade, de coragem, de tudo...
Horrível.
Acordar é um parto. Trabalhar uma tortura. Dormir um suicídio.
Pensar sobre felicidade é flagelar-se. Amor? Uma farsa... Futuro? Um abismo...

É como se estivéssemos sempre caindo num abismo, torcendo para chegar logo o chão, a água, o fogo do inferno... o que seja.
Os psicólogos mais positivistas tentam enquadrar esses estados psicológicos dentro de parâmetros quase científicos. Dizem, por exemplo, que para uma pessoa estar deprimida, tem que apresentar um número x de características de um quadro pré-definido, por um tempo y. Se não estiver dentro dessas características, o 'paciente' sofre, na verdade, de distimia. Ao dicionário:

Distimia:
substantivo feminino
Rubrica: psicopatologia.
1 qualquer distúrbio emocional
2 Estatística: pouco usado.
qualquer transtorno da atividade intelectual



Meio vago... meu caso está mais para neurastenia que para depressão ou distimia. Ao dicionário novamente:

Neurastenia
substantivo feminino
1 Rubrica: psicopatologia.
perda geral do interesse, estado de inatividade ou fadiga extrema que atinge tanto a área física quanto a intelectual, associado esp. a quadros hipocondríacos e histéricos
2 Derivação: por extensão de sentido. Uso: informal.
disposição irritadiça, pessimista; azedume, neura



É bem isso mesmo. Pronto, me autodiagnostiquei. Mas e aí, qual a cura???

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